Locais onde viveu Jesus poderão ser Patrimônio da Humanidade
O Centro histórico de Belém, o Caminho da Peregrinação e a Basílica da Natividade, construída no local onde Jesus nasceu, poderão ser em breve reconhecidos como Patrimônio da Humanidade.
A cidade palestina, que a cada ano recebe milhares de peregrinos que desejam conhecer onde viveu o Messias, apresentou sua candidatura para ser incorporada à lista da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e reforçar a proteção de um lugar sagrado para grande parte da Humanidade. Hamdan Taha, vice-ministro de Turismo e Antiguidades da Autoridade Nacional Palestina (ANP), explicou que esse reconhecimento internacional reflete o quanto “Belém é um lugar de importância inquestionável” e que tal ato beneficiará a conservação da cidade. Dentro da Basílica encontra-se uma gruta na qual o lugar do nascimento de Cristo está marcado por uma cruz de 14 pontas. Sua história se remonta no século IV, quando Helena, mãe do imperador romano Constantino, fez uma peregrinação à região e identificou o lugar no qual, conforme a Bíblia relata, Maria “deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem”, Lc 2.7. Constantino ordenou ao bispo Makarios de Jerusalém no ano 325 a edificação de uma igreja, muito pequena, com uma planta octogonal diretamente sobre a gruta, que foi incendiada e destruída quase totalmente na revolta samaritana do ano 529 e reconstruída com sua atual estrutura 36 anos depois pelo imperador Justiniano I. Ao longo de sua longa trajetória, a Basílica sofreu diversos danos e uma deterioração geral que alertou sobre a importância de frear este processo e fez com que em 2008 o Fundo Mundial de Monumentos a incluísse em sua lista dos 100 lugares em maior perigo. Restauradores especialistas estudam atualmente as renovações necessárias e preparam um projeto para realizar a maior restauração de sua história, que apresentarão no dia 25 de março. “O relatório analisará o estado de todos os elementos, tanto os estruturais (teto, colunas, muros) como os decorativos (pinturas e mosaicos)”, explicou o engenheiro chefe do projeto, Issa Murra. A principal preocupação é o teto de madeira, em estado precário há 200 anos. Embora ainda não se conheçam os detalhes do projeto restaurador, se sabe que sua fase inicial terá um custo de US$ 1 milhão, que serão recolhidos em todo o planeta. A candidatura é a primeira deste tipo que prepara a ANP, já que até o momento a única cidade palestina reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela Unesco é a cidade de Jerusalém, ocupada por Israel e que obteve essa denominação em 1981. Os palestinos já anunciaram que, após Belém, proporão uma distinção igual para outras cidades históricas, como Jericó, Hebron, Nablus e Sebastia.
Fonte: www.jornalmundogospel.com
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